CLUPAC - Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar

sábado, outubro 28, 2006

Eleição dos Órgãos Sociais

Aproxima-se a conclusão do 2º mandato dos Órgãos Sociais do CLUPAC. Em breve os Associados serão chamados a apresentar listas e a eleger os seus representantes para um novo mandato.

Cada lista concorrente terá que apresentar obrigatoriamente candidatos aos três órgãos sociais, a saber: Direcção, com um mínimo de cinco membros, Mesa da Assembleia Geral, com três membros e Conselho Fiscal, também com três membros.

Embora o processo eleitoral não tenha sofrido alterações de fundo na recente revisão do Regulamento Geral Interno, o novo RGI será distribuído a todos os Associados na edição de Outubro do Clupac Directo, nele constando todos os detalhes do processo eleitoral.

O calendário eleitoral terá as seguintes datas:


15 de Outubro de 2006 - Convocatória da Assembleia Geral Eleitoral

10 de Novembro de 2006 - Data limite para apresentação das listas concorrentes

25 de Novembro de 2006 - Assembleia Geral Eleitoral (no restaurante "O Saloio de Caneças", situado na Rua das Águas Férreas, Vale Nogueira, Caneças)


Rui Colaço
(Presidente da Mesa da Assembleia Geral do CLUPAC)

quinta-feira, outubro 26, 2006

Portsugar 2006

"O Portsugar 2006 alcançou numa fasquia muito alta o que vai originar grandes expectativas para 2007. A futura organização vai ter uma tarefa muito ingrata, já tem como referência 2005 e 2006, com o entusiasmo que saímos de Castro Marim, tenho a certeza que 2007 vai superar os anteriores.

Parabéns a todos os elementos que “deram a cara” pelo Portsugar 2006, foi um trabalho ao longo de meses que muito nos orgulha. Vamos todos colaborar no próximo. O CLUPAC ficará dignificado."


José A. Sardinha (Sócio do Clupac)

quarta-feira, outubro 25, 2006


A SURPRESA!

De vez em quando, um amigo ou conhecido confidencia-me que também já coleccionou pacotes de açúcar. Só que, pensando serem os únicos com esta “mania” (tal como muitos de nós), acabaram por desistir da colecção. Sempre que alguém me conta uma história destas, com final infeliz, até estremeço. Começo a imaginar os pobres dos pacotes deitados num qualquer caixote do lixo ou numa fogueira, sem dó nem piedade, quando poderiam fazer as delícias de qualquer um de nós. Mas como diz o ditado, não há regra sem excepção. Esta semana, recebi a visita de um amigo que há muito tempo me andava a prometer uma surpresa… doce! Pensei em tudo. Desde chocolates, a rebuçados, compotas, eu sei lá que mais, menos que poderiam ser… pacotes de açúcar. Quando ele me entrou em casa com dois sacos cheios de pacotes, eu nem queria acreditar. A maioria tem 20 ou mais anos, muitos pertencem a empresas que já não existem, como a Sempa, a Tomo ou a Fábrica de Empacotamento Automático de Coimbra de Heitor da Costa, e alguns são estrangeiros. Foi mesmo uma doce surpresa esta! Este meu amigo pertence ao grupo daqueles que coleccionou pacotes de açúcar na juventude, mas que acabou por abandonar a colecção. Só que ao contrário de outros, não teve coragem de se desfazer deles. Guardou-os numa gaveta e esqueceu o assunto. Quando eu lhe falei desta minha paixão lembrou-se que os tinha guardado e foi em busca deles para mos oferecer. Estavam guardados cheios, alguns têm o açúcar já em pedra, outros apresentam manchas de humidade, mas nada que não se consiga recuperar. Com estes pacotes de açúcar a minha colecção vai certamente ficar mais rica. Não só porque os pacotes são antigos, mas sobretudo pela carga afectiva que carregam. Digam lá se não é bom ter amigos assim? Obrigada, Quim, por esta bela surpresa!

Fátima Mariano (sócia nº 74 do CLUPAC)

domingo, outubro 22, 2006

Sócio n.º 300!

A barreira dos 300 foi ultrapassada
O CLUPAC está cada vez mais forte, mais reforçado, com vitalidade e com maior responsabilidade! Agora, e cada vez mais, temos de em conjunto ir trabalhando não só para que toda a comunidade de coleccionadores possa vir a beneficiar com as acções a realizar mas, acima de tudo, para que este hobby possa ter no futuro um maior reconhecimento por parte de colaboradores, parceiros e entidades oficiais.
Venham mais 300!
Miguel oliveira
(sócio n.º 144 do CLUPAC)

quarta-feira, outubro 18, 2006

INIMIGO PÚBLICO NÚMERO UM: O AÇUCAREIRO

Recentemente, um colega meu acompanhou a selecção nacional de futebol à Rússia para mais um jogo de apuramento para o Europeu de 2007. Como sempre faço quando algum colega meu vai ao estrangeiro, pedi-lhe para me trazer todos os pacotes, sticks, cubos, adoçantes, etc., que conseguisse arranjar durante a viagem (depois do primeiro momento de surpresa, todos eles acabam por colaborar). Fiquei ansiosamente à espera pelo regresso, esperançada de conseguir mais uns quantos exemplares estrangeiros para a minha colecção, mas foi uma esperança de pouca dura. Quando regressou, entregou-me, desolado, apenas um pacote da companhia aérea em que viajou. “Onde quer que eu fosse, eram só açucareiros”, justificou-se. Pois é, meus amigos! Esta moda de se usarem açucareiros parece estar a regressar em força a alguns locais, para nossa grande infelicidade. Se a moda pega a sério, os pacotes personalizados de cafés, restaurantes e hotéis estarão em vias de extinção. E o que será de nós, coleccionadores de embalagens de açúcar? Pessoalmente, nada tenho contra os açucareiros. Fazem-me lembrar as tardes que passava, era eu ainda miúda, em casa da madrinha da minha mãe. A D. Mariazinha pertencia a uma das famílias mais ricas da terra e era madrinha de praticamente metade dos habitantes da aldeia. Sempre que eu lá ia de férias, lanchava com ela pelo menos uma vez. Aborreciam-me com as conversas (“Os estudos vão bem?”, “O que queres ser quando fores grande?”, “Já namoras?”, ufa!), mas gostava de todo aquele ritual da criada, vestida a rigor, que chegava com um tabuleiro cheio de bolos e bolachas e, claro, chá fumegante que tomávamos num serviço de porcelana. E, como não podia deixar de ser, lá estava ele, o açucareiro e a sua colher, pronto a que nos servíssemos deles. Mas, nesse tempo, eu nem sequer sonhava que iria coleccionar pacotes de açúcar e, por isso, era-me indiferente se o açúcar vinha no açucareiro ou em embalagens individuais. Agora é diferente. Como é que eu vou enriquecer a minha colecção se o açúcar me chega num açucareiro? E depois há a questão da higiene. Não sei por onde andou aquele açucareiro e o seu çúcar, que mãos lhes tocaram, e se salta de lá uma formiga ou uma barata? Por isso, meus amigos, vos digo:

Abaixo os açucareiros. Vivam os pacotes de açúcar!
(Fátima Mariano - sócia nº 74 do CLUPAC)

quarta-feira, outubro 11, 2006

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente. Os pacotes de açúcar dão rosto a pessoas e acontecimentos exemplares na solidariedade, no saber, na afectividade


Castro Marim, Vila Museu, Vila da Doçura

O coleccionismo de pacotes de açúcar está a colocar-se de forma incontestável, a cada dia que passa, na posição de dignidade que sempre lhe foi destinada, quer assumindo-se num espaço de real permuta de afectos, quer potenciando as características de utilidade pública que lhe são próprias.

Este desígnio tem sido atingido em resultado da persistência de todos aqueles que em defesa do colectivismo, da união de esforços, têm prescindido de alguns interesses pessoais em prol dos interesses associativos, como ficou bem claro aquando da realização do grande encontro de trocas, o PortSugar 2006.

Aliás, são muitos os comentários positivos à realização do evento o que fica claro nas transcrições que se seguem:

“Foi um encontro para recordar...”, Luís Rainho

“...penso que o importante foi mesmo o são convívio que se gerou entre todos os participantes!“, Cláudia Cascalho

“...pelos excelentes momentos de intercâmbio e de convívio que nos proporcionaram.”, Paulo Rodrigues

“...foi o primeiro ano que estive presente como participante e, só poderei dizer que peço a Deus que me dê ainda uns anos de vida para que em muitos mais possa participar.”, Rogério Reis

“Pena é, como disse um amigo que comigo viajou, que fiquemos nalguns casos, um ano sem nos voltarmos a ver.”, Valdemar Freitas

“Á medida que tudo ia acontecendo, sentia que tudo estava no local certo e no momento certo.”, Isa Mendes

“...o sucesso da festa e da confraternização do convívio é nossa... logo penso que estamos todos de parabéns.”, Carlos Lopes

“O espaço, as pessoas, o jantar e o circuito da manhã de Domingo, são coisas que vou relembrar durante muito tempo.”, Fernando Conde

“Acima de tudo... esse convívio salutar de onde começam a surgir algumas amizades...”, Luísa Filipe

“...pelo modo despretensioso como mais uma vez mostrou o quão emocionante e atractivo é coleccionar pacotes de açúcar, através dos quadros da sua exposição.”, António Carmo

“É realmente agradável o convívio e o conhecimento de outras pessoas que partilham a mesma paixão.”, Alcino Santos


Estes são alguns dos comentários que recolhemos, onde a amizade, a solidariedade, o colectivismo superam a vã ilusão de coleccionar pacotes de açúcar para ter maior quantidade do que os companheiros da mesma paixão.



O Clupac comemorou o 4º Aniversário da sua constituição como associação.
O Clupac realizou o 6º Grande Encontro de Trocas, PortSugar2006, em Castro Marim

estamos felizes pelas vossas participações no...


CLUPAC Solidário

Assumo! Tinha alguns receios quando eu e o Rui Colaço nos lançámos nesta epopeia que foi dar corpo ao CLUPAC Solidário, há cerca de duas semanas. Estávamos a trabalhar contra o tempo e para nós era uma incógnita o impacto que esta iniciativa iria ter junto dos participantes no PortSugar 2006, que se realizou no passado fim-de-semana em Castro Marim. E se ninguém aderir? E se a campanha for um fracasso? Mas não! Mal as portas do pavilhão se abriram, as nossas dúvidas e os nossos medos dissiparam-se de imediato. A adesão das centenas de coleccionadores não poderia ter sido maior, tendo em conta que a campanha foi anunciada a poucos dias do encontro. Em sacos de plástico, tupperwares ou caixas de gelado, o açúcar foi chegando à mesa do CLUPAC Solidário e com ele as mensagens de apoio e de incentivo. Alguns, ofereceram-nos os pacotes que sobraram das suas trocas para que os esvaziássemos e outros passaram parte da noite de sábado a esvaziar os pacotes que tinham angariado para a sua colecção e ofereceram-nos ainda mais açúcar na manhã de domingo. Grão a grão, os coleccionadores foram adoçando um pouco mais a vida daqueles que mais precisam. Demonstraram que além de se preocuparem com as suas colecções, em completar esta ou aquela série, de conseguir um pacote mais raro ou mais antigo, se preocupam também com os outros. São solidários! Nunca imaginei que um simples texto que escrevi neste mesmo espaço há três semanas pudesse dar origem a esta corrente de solidariedade. Afinal, Rui, as horas que passámos a preparar o CLUPAC Solidário, a discutir os pequenos pormenores e a corrida louca contra o tempo valeram mesmo a pena. O meu muito obrigada por me teres ajudado a dar corpo a esta ideia! Sem ti, nada disto teria sido possível. Queria também agradecer publicamente à comissão organizadora do PortSugar 2006, que desde a primeira hora abraçou esta campanha. Esperemos que outras possam repetir-se em encontros futuros.

Um bem-haja a todos!
Fátima Mariano (sócia nº 74 do CLUPAC)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Imagem da Semana - 39

Em alusão à campanha em marcha pelo CLUPAC, intitulada CLUPAC SOLIDÁRIO, a imagem desta semana retrata uma das componentes mais sentidas pelos coleccionadores de pacotes de açúcar que esvaziam os pacotinhos: as montanhas de açúcar que se geram na arrumação dos pacotes.




Hélder Bernardo - Sócio Clupac Nº136

terça-feira, outubro 03, 2006

coleccionar com doçura

Coleccionar, juntar e encontrar elos de comunhão entre as peças sempre foi aliciante para o ser humano. O coleccionismo de pacotes de açúcar colocou esse anseio ao alcance de toda a gente. Os pacotes de açúcar dão rosto a pessoas e acontecimentos exemplares na solidariedade, no saber, na afectividade


Um café e um Claudino

O café, a bica como por cá chamamos no sul do País, é o café expresso obtido pela pressão de uma máquina apropriada. Não alimenta mas sabe bem. Manhã cedo constitui um frugal pequeno almoço, não muito ao jeito dos nutricionistas, quando acompanhado por um bolo.

O Claudino é um artefacto de pastelaria, originário da Costa de Caparica, aliás por esse facto, conhecido em Lisboa por “Caparica” ou “Caparicano”. Folhado leve e oblongo em duas partes constituído e recheado de delicioso creme de ovos, ainda reminiscências da colonização da longa costa pelos pescadores de Ílhavo.

A cobertura é uma calda de açúcar, quando fresco do dia, deliciosa e estaladiça e, ainda, polvilhada de açúcar para maior requinte.

Fabricado inicialmente com grande qualidade no Papo Seco e no Costa Nova, já há muitos anos desaparecidos da restauração caparicana, os Claudinos têm hoje em dia o seu expoente máximo na pastelaria do mestre Capote, ali na Rua dos Pescadores.

Se é mesmo para acompanhar um café sem açúcar, com a vantagem de juntar mais um pacote à sua colecção, não deixe de degustar um Claudino miniatura que em duas dentadas já foi. O café de seguida assume paladar único.