CLUPAC - Clube Português de Coleccionadores de Pacotes de Açúcar

domingo, fevereiro 25, 2007

O encanto de Mariage Frères



É sem dúvida uma experiência inesquecível visitar o salão de chá Mariage Frères e deixar-se envolver por uma atmosfera de requinte e tradição deste estabelecimento que é um dos ex-libris da cidade de Paris.


Os irmãos Édouard e Henri Mariage, que fundaram esta casa no dia 1 de Junho de 1854 eram já herdeiros dum “savoir-faire” ancestral, transmitido de pais para filhos na família ao longo de várias gerações.


No século XVII Nicolas Mariage, depois de várias viagens às índias, foi designado para integrar uma embaixada do rei Louis XIV, para assinar um tratado de comércio com o Xá da Pérsia. A partir de então, sempre a família Mariage esteve ligada ao comércio internacional de chá.


Da extensa carta de infusões com a marca Mariage Frères, poderá escolher o seu chá favorito, que lhe será servido numa chávena de porcelana finíssima, com um ritual indispensável, acompanhado de fresquíssimos scones com manteiga ou duma das deliciosas geleias de chá, todas com marca da casa.

Como alternativa ao açucareiro, poderá adoçar o chá com uns curiosos agitadores em madeira com um torrão de cristais de açúcar. Como tudo na casa, estes são apresentados num delicado saquinho de celofane com a etiqueta Mariage Frères, numa das mais elegantes e originais embalagens de açúcar.


Quem preferir, poderá usar o agitador com cristais de açúcar demerara.



Em açúcar branco ou demerara, um mesmo agitador poderá ser usado sucessivamente em mais do que uma chávena de chá, uma vez que a tradição manda que nunca se beba menos de três nem mais do que cinco chávenas de chá.
Ou pode nem sequer ser usado, para ser guardado com merecida pompa e circunstância, como uma peça especial da colecção de embalagens de açúcar.





Depois desta experiência poderá ainda deleitar-se com uma visita ao Museu do Chá Mariage Frères, onde, a par da história da família Mariage, poderá encontrar uma interessante colecção de bules, embalagens de chá e muitos outros objectos de interesse.


Rui Colaço
Sócio Nº 6 do CLUPAC

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Vamos COLECCIONAR!

Há muitas maneiras de demonstrar o nosso empenho por aquilo de que gostamos. No meu caso concreto, posso dizer-vos que gasto várias horas por dia a tratar de alguma coisa relacionada com a colecção dos pacotes de açúcar.

Desde há um ano e meio, tenho vindo a aprender muita coisa relacionada com o coleccionismo, devido às várias centenas (sim, não me enganei, são centenas) de coleccionadores com quem já troquei pacotes ou simples mensagens. Muitos deles até tive o prazer de conhecer pessoalmente.
Entretanto, há também os que negoceiam em leilões de pacotes e que são capazes de oferecer valores surrealistas por um produto de que apenas vêem uma foto, a pessoas que desconhecem, sem garantias. Não poderemos prescindir de ter um pacote primeiro que o Manel ou antes que apareça em circulação? E não poderemos esperar por arranjar um pacote no café da esquina, temos de o comprar logo que o vemos ou sai para o mercado?

Se o coleccionismo de pacotes de açúcar continuar a ir por atalhos e caminhos escuros, dentro em breve não poderei trocar pacotes pois tudo vai custar dinheiro.


- Deixem as embaladoras fazer o seu trabalho, vamos preocupar-nos apenas que nos digam o que saiu e onde se pode encontrar.

- Arranjem pacotes onde eles circulam – nos cafés, restaurantes, hotéis, etc., aí é que é o sítio deles.


- Vamos trocar e não vender ou comprar. Por que é que um pacote há-de valer 5 euros em vez de 10 pacotes?

- Vamos participar nos encontros de coleccionadores, mas para nos conhecermos melhor, para trocarmos impressões e, se houver tempo, trocar uns pacotinhos.

- Vamos ter paciência para arranjar pacotes, se não for hoje, será amanhã, para a semana ou daqui a 2 meses. Não se esqueçam de que os pacotes das grandes marcas saem aos milhões, chegam bem para todos.

- Vamos partilhar tudo o que sabemos, mesmo aquilo que possa parecer absurdo ou que pensamos já todos saberem, por vezes não é bem assim e não nos podemos esquecer que estão sempre a aparecer novos coleccionadores.


António Campos
Sócio Nº 230 do CLUPAC

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Viagens do Açúcar
A exposição itinerante de pacotes de açúcar do CLUPAC apresenta várias centenas de pacotes de açúcar provenientes de Portugal e de todo o mundo, agrupados em quadros de acordo com o seu tema.
Desde 2003, ano em que foi criada, tem vindo a percorrer o país dando a conhecer e promovendo o coleccionismo de pacotes de açúcar.


Quer em centros comerciais, bibliotecas públicas, colectividades ou escolas, quer associando-se a encontros de coleccionismo ou a eventos culturais, tem sido uma constante o sucesso conseguido pela passagem das "Viagens" por dezenas de locais, descobrindo e suscitando novos coleccionadores, nomeadamente junto das camadas mais jovens.


Hoje proponho-lhe uma visita guiada a esta exposição!
Não será guiada por mim,
mas por digníssimos autores de língua portuguesa que,
a propósito de cada tema,
nos transportarão a outras paragens,
numa doce e original viagem...

divirta-se!





BARCOS

“Um barco parece ser um objecto cujo fim é navegar;
mas o seu fim não é navegar,
senão chegar a um porto.”

Fernando Pessoa
“O Livro do Desassossego”


COMBOIOS

"Violento, orgulhoso, dono de todos os trilhos.
Passou voando, chacoalhando os vagões naquela lindeza toda.
As pessoas das janelinhas olhavam para fora.
Todo o mundo que viajava era feliz.”

José Mauro de Vasconcelos
“O meu pé de Laranja Lima”



CARROS

“Buzinando nas curvas, que descrevia sem afrouxar,
apenas dando a impressão de tactear o trilho em chafurdos e lamaçais perigosos, o carro lá ia levado.
(...) Eram três da manhã e iam a oitenta à hora.”

Aquilino Ribeiro
“Mónica”




AVIÕES

“Passa um avião no céu de trevo
macio de verão
que me quebranta
a dobadoira dos dedos.

Passa um avião no céu de feno
Carregado de mundos
Na lânguida voz
Do azul pleno.”

Fernando Namora
“Marketing”





EDIFÍCIOS E MONUMENTOS

“Lembro-me de uma das interessantíssimas casas

cujos alicerces se adivinhavam por causa da solidez com que as suas fachadas intimam os nossos olhos.
Julgo serem vermelhas, ou foi a impressão violenta da cor que me deixaram.”

Almada Negreiros
“Nome de Guerra”




TRAJES E UNIFORMES

“... as cores garridas dos lenços e saias,
a alvura das camisas de linho,
o brilho dos cordões e das arrecadas,
(...) militares a cavalo, destacamentos de infantaria e em suma toda a população...”

Júlio Dinis
“A Morgadinha dos Canaviais”








ANIMAIS

“Eram muitos, em manada dispersa,

indiferentes à chuva, porventura deliciados,
e lenhavam nas grandes e pequenas árvores da mata,
comendo com pachorra e apetite.
O rumor que faziam era de vendaval.”

Henrique Galvão
“Kurika”









AVES

“O tempo às vezes parece não passar,

é como uma andorinha que faz o ninho no beiral,
sai e entra, vai e vem, mas sempre à nossa vista,
julgaríamos, nós e ela, que iríamos ficar assim a eternidade,
ou metade dela, o que já não seria nada mau.”

José Saramago
“Memorial do Convento”









INSECTOS

“Para lá da sombra do toldo, agora, o sol ia aquecendo,

batendo a pedra, os vasos de louça branca,
numa refracção de ouro claro em que palpitavam as asas das primeiras borboletas voando em redor dos craveiros em flor.”

Eça de Queiroz
“Os Maias”







FLORES

“Ponho um ramo de flores
na lembrança perfeita dos teus braços;
cheiro depois as flores
e converso contigo
sobre a nuvem que pesa no teu rosto;”

Miguel Torga
“Diário”









FRUTOS

“A única fruta que era certo que havia no Paraíso era o figo,

pois foi com folhas de figueira que cobriram a nossa protonudez.
Só muito mais tarde convencionou-se que, para provocar tanto estrago de uma só vez, a fruta proibida do Paraíso tinha que ser uma maçã.”

Luís Fernando Veríssimo
“A Mesa Voadora”










PINTURA

“Regressar à angústia da tela em branco, como agora se diz.

Sair, caminhar ao encontro da Arte que nunca chegara a viver.
(...) Pintaria, pois, com ira e indignação.”

João de Melo
“As coisas da Alma”










ARTE INFANTIL

“Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino d’oiro
Sou teu amigo
Menino d’oiro
Sou teu amigo

Venham altas montanhas
Ventos do mar
Que o meu menino
Nasceu p’ra amar”

José Afonso
“Menino d’Oiro”




NATAL

“A estrela ergueu-se muito devagar sobre o céu, a Oriente.
O seu movimento era quase imperceptível.
Parecia estar muito perto da terra.
Deslizava em silêncio, sem que uma folha se agitasse.
Vinha desde sempre.
Mostrava a alegria, a alegria una, sem falha, o vestido sem costura da alegria, a substância imortal da alegria.”

Sophia de Mello Breyner Andresen
“Contos Exemplares”




SIGNOS DO ZODÍACO

“... Como damas de honor, Ninfas seguem-lhe os rastos
E, assomando no Céu, sua Madrinha, a Lua,
Por ela vai desfiando as suas contas, Astros!”

António Nobre
“Só”




DESPORTO

“Quando havia jogos importantes,
os verdadeiros adeptos iam para o estádio com muita antecedência, levando farnel.
Ali se instalavam a comer e a beber,
a comentar a forma física dos jogadores,
a constituição da equipa, o árbitro, o treinador, ...”

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
“Uma Aventura no Estádio”

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Bem, se gostou da viagem, não perca a oportunidade da fazer uma visita à exposição quando esta estiver perto.
Acredite que é diferente!
Para que o CLUPAC leve as "Viagens do Açúcar" até si, contacte o Clube pelo endereço de email: clupac1@gmail.com
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Rui Colaço
Sócio Nº 6 do CLUPAC






quinta-feira, fevereiro 08, 2007

COMPOSIÇÕES COM PACOTES DE AÇÚCAR

Por ocasião do último encontro de coleccionadores "Doce Sintra", tive o gosto de apresentar, em jeito de exposição, as minhas composições de pacotes de açúcar com documentos alusivos ao seu tema.


Muitos dos coleccionadores presentes gostaram da ideia de juntar um pacote de açúcar com um postal ou folheto, com um bilhete de espectáculo ou mesmo com um recorte de jornal alusivo ao tema do pacote de açúcar.
Com esta experiência, é possível criar peças combinadas únicas e originais, mesmo a patir de pacotes de açúcar comuns, daqueles que toda a gente tem.




Desde há algum tempo que eu ia guardando postais, folhetos ou outros documentos, sempre que tinham temas que coincidiam com o tema de pacotes de açúcar. Juntava-os numa caixa, esperando algum dia poder fazer uma montagem que de alguma maneira os valorizasse.
Foi no Natal de 2004 que o Victor Reis, amante e praticante de fotografia, me ofereceu uma foto sua da árvore de natal gigante erguida em Lisboa, na zona de Belém, juntamente com o respectivo pacotinho de açúcar.



A verdade é que não poderia ter sido mais oportuno. Decidi que essa composição seria a primeira a ser montada e que iniciaria o trabalho de montar os outros documentos que tinha guardados, compondo-os com os respectivos pacotes de açúcar.


Depois de vários ensaios, optei por fazer a montagem numa folha de cartolina preta, tamanho A4. Fiquei satisfeito com o resultado:



Decidi que as minhas montagens juntariam em cada folha apenas um único pacote de açúcar com um documento alusivo. Não se tratava aqui de apresentar séries completas, nem de ter composições de todos os pacotes. Pretendia apenas criar combinações interessantes, sem outra pretenção que não fosse a de apresentar ou expor alguns pacotes de açúcar de uma forma diferente e atractiva.



Estas composições permitem dar destaque, por exemplo, a eventos marcantes para o nosso país, como o Euro 2004,



Ou para a nossa cidade, como o festival do Rock in Rio em Lisboa,




Permite desenvolver o tema dos cafés, com a diversidade de postais, folhetos, marcadores de livros, etc. emitidos pelas marcas de cafés







Um simples pacote de açúcar publicitário pode dar origem a composições extremamente atraentes...


... aproveitando postais ou folhetos da mesma campanha.






À medida que eu ia fazendo as montagens, ia ficando cada vez mais entusiasmado com o resultado obtido. As várias composições, dentro de micas A4, formavam um álbum muito atraente que comecei a mostrar em encontros de coleccionadores.

Para além dos pacotes publicitários, os pacotes de açúcar com campanhas cívicas dão também composições interessantes, com os respectivos folhetos.



Hoteis, restaurantes, cafetarias, muitas vezes estão associados a recordações que podem ser marcadas com uma composição original:



Com a diversidade de material publicitário disponível, o tema das companhias aéreas, por exemplo, revela-se especialmente fértil neste tipo de composições.



Actualmente tenho perto de duas centenas de composições, que agrupo em dois álbuns segundo temas como marcas de cafés, hoteis e restaurantes, publicidade diversa, arte, natureza, monumentos, etc.
Quanto a estes últimos, apenas faço composições com pacotes de açúcar e documentos de sítios que visitei, até para limitar o número de peças dentro do razoável.
Actualmente, sei de vários coleccionadores de pacotes de açúcar que, a par das suas colecções, se dedicam também às composições temáticas. Há quem junte aos pacote de açúcar guardanapos, bases de copos, toalhas de papel individuais, etc.
Nesta diversidade, com a imaginação e o cunho pessoal de cada um, é possível reinventar novas formas de lidar com pacotes de açúcar, o que resulta enriquecedor.
Com toda a seriedade com que encaro o coleccionismo de pacotes de açúcar, para mim continua a ser uma actividade lúdica, bem divertida, com muito ainda por descobrir.

Rui Colaço
Sócio Nº 6 do CLUPAC

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

A HISTÓRIA DE UNS PACOTINHOS

“O sonho comanda a vida”, disse alguém. Todos sonham, novos ou menos novos, jovens ou crianças, todos temos os nossos sonhos e procuramos que, uma vez por outra, se tornem realidade.

Às vezes sonhamos tantas coisas que não se concretizam, mas outras vezes sucede acontecerem coisas onde nunca sonhamos que se realizariam.

Ora vejam o que aconteceu com uns “célebres pacotinhos”.

Certo dia de Setembro entro eu numa casa no Porto, na Rua Santa Catarina, ali mesmo no início da rua, onde muitas vezes já tinha entrado para fazer compras. Até aqui tudo bem.

Só que a casa, “Casa Gália” (isto não é publicidade porque a casa não precisa), não vende café nem açúcar, mas simplesmente malas e artigos afins.

Procuro uma pasta com determinadas características e não resisto em dizer: “Se soubesse para o que quero a pasta até se ria de mim. Sabe, é que colecciono pacotinhos de açúcar e, como há encontros de coleccionadores onde se fazem trocas, preciso de uma pasta para levar os pacotinhos”.

A D. Clara e a D. Angelina, sem fazer qualquer comentário, retiram dum armário uma saca que colocam no balcão, cheia de pacotinhos de açúcar.

Admirada, perguntei: “Também coleccionam”?

Não, responde a D. Angelina, mas como não uso açúcar no café… “Escolha … leve … olhe estes tão bonitos … são muitos…”

Eram, entre outros, pacotinhos da série “Os Dinossauros Chegaram ao Porto”. Foi a primeira vez que os vi. Com a atrapalhação e surpresa, nem soube bem escolher.

De qualquer modo, as senhoras foram dizendo: “Vamos guardando pacotinhos e depois, por alturas do Natal, vão para as rabanadas. Mas vá passando por cá que nós vamos procurar juntar alguns pacotinhos diferentes e depois leva-os”.

É o que tenho feito e aqui fica o meu agradecimento às simpáticas senhoras.

E poderia terminar aqui a história. Só que, através de alguns amigos e do googlegroups, consegui ter hoje a série dos Dinossauros completa.

Pois bem. Em tempos de tanta depressão, é preciso “arranjar”uma ocupação que não nos deixe pensar demasiado, nem nos isolarmos. Esta magia do coleccionismo “doce”, pela alegria da descoberta de novas séries, pelo intercâmbio das trocas, pelos contactos e amizades que se criam, é uma maneira económica e agradável de evitar as depressões.

Pela minha experiência pessoal, embora recente, pelo testemunho de tantos amigos, é uma actividade que vivamente recomendo.

Aconselhem-na aos vossos amigos e conhecidos pois, além de lhes fazer bem a eles, traz também a vantagem de serem mais uns tantos a juntar e a ser fonte de partilha, de troca, de crescimento do clube, que já vai sendo grande, dos coleccionadores de pacotinhos de açúcar.

Até à próxima e boa sorte para todos.


Maria Idalina Noronha Araújo

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Cantinho de Portugal


No meio das atribulações e das imprevisibilidades do meu trabalho, tive a sorte de conseguir ir no ano passado a mais um encontro de coleccionadores de pacotes de açúcar na República Checa, desta vez na simpática cidade de Olomouc.

Tive também a sorte de me encontrar lá com mais um coleccionador português, o amigo Miguel Oliveira. Quando soubemos que íamos os dois ao encontro, tivemos a ideia de levar connosco um saborzinho do nosso Portugal. Imaginem só: Queijo da ilha de S. Jorge, enchidos de porco preto do Alentejo e meia dúzia de garrafas de ginjinha, da Espinheira. Caso lá não houvesse, íamos apetrechados com pratos e copos de plástico, bem como palitos.

Em nome do CLUPAC, levávamos como oferta a todos os participantes um saquinho com uma pequena série portuguesa de pacotes de açúcar, juntamente com um folheto divulgando o nosso encontro anual, o PORTSUGAR.


O encontro começou com a montagem das mesas, num animado burburinho. No átrio da escola onde se realizava o encontro, havia uma mesa comprida onde se encontravam comes e bebes variados à disposição dos participantes. Enquanto as primeiras trocas concentravam todas as atenções, tomámos de assalto uma ponta da mesa e aí montámos o “Cantinho de Portugal” - As garrafas da ginjinha, pratos com rodelas de enchidos e quadradinhos de queijo, palitos à descrição e – não podia deixar de ser – uma bandeira de Portugal!


Escusado será dizer que demos nas vistas com o sucesso do nosso “Cantinho”. Todos gabavam os nossos sabores e faziam questão de nos dizer qualquer coisa simpática, para além das trocas que faziam connosco.

Em casa da minha amiga Lenka, onde fiquei hospedado, enquanto esvaziava mais uns pacotinhos, perguntaram-me se as trocas que tinha feito compensavam vir assim de tão longe...


– Claro que não, respondi, o que realmente compensa é o convívio com os amigos, a festa que fazemos, a cerveja checa, a ginja portuguesa, os brindes, os passeios, os serões animados… e também as trocas, claro!


Neste cantinho da Europa a que chamamos Portugal, também procuro pacotes de açúcar, também faço trocas, também fico contente por conseguir “aquele” pacote especial.

Mas o melhor da festa, aquilo que realmente me leva, são os bons encontros, os bons momentos e as boas amizades que faço pelo caminho! Sem isso não teria qualquer graça!


Rui Colaço

Sócio Nº 6 do CLUPAC
colaco.rui@gmail.com