ADOÇAR A VIDA DOS OUTROS
Confesso: sou uma gulosa inveterada. Adoro bolos, mousses, pudins, chocolates, gelados, marmeladas, compotas (e como são deliciosas as compotas e as marmeladas da minha avó!), tudo o que seja doce. Para amarga já basta por vezes a vida! Mas tento resistir ao máximo a essas doces tentações por questões de saúde… e para manter a linha também. Quando comecei a dedicar-me mais seriamente ao coleccionismo de pacotes de açúcar comecei a deparar-me com um problema de ordem prática: o que fazer com tanto açúcar armazenado? Afinal, só me interessa a embalagem! O problema agrava-se quando me preparo para participar em encontros de coleccionadores (como acontece actualmente, em que já estou a arranjar as séries e os individuais que quero levar ao encontro de Besalú, em Girona, e ao Portsugar 2006, em Castro Marim). Entre os pacotes que compro, os que consigo subtrair dos cestos dos cafés e hotéis e aqueles que me oferecem chego a juntar quilos e quilos e quilos de açúcar (acreditem, não estou a exagerar!). Em casa pouco açúcar gasto, pelos tais motivos de saúde e para não sair da linha, por isso, muitas vezes dou por mim a pensar: e agora? Às vezes, já nem tenho frascos onde guardar tanto açúcar. Comecei a distribui-lo pela família, vizinhos, colegas, mas mesmo assim, há alturas que em não consigo dar vazão a tanto açúcar e seria um pecado deitá-lo no lixo. E certamente, muitos de vocês terão o mesmo dilema. Poderia utilizá-lo para dar asas à minha imaginação, como explicarei na próxima semana, mas a ideia não me satisfaz plenamente. Em conversa com um amigo, também ele coleccionador, fiquei a saber que sempre que junta uma grande quantidade de açúcar o oferece a uma instituição de apoio a idosos e a ideia foi ganhando cada vez mais força em mim. Por que não associar este nosso passatempo a uma atitude altruísta (ao contrário de tantas atitudes egoístas que por vezes temos na relação com os outros)? Certamente que no bairro/aldeia/vila onde vivemos há famílias carenciadas a quem dois ou três quilos de açúcar já seria uma ajuda preciosa para compor o magro orçamento mensal. Através das juntas de freguesia, das paróquias, das associações de combate à pobreza ou mesmo do Banco Alimentar Contra a Fome será possível darmos uma utilidade maior ao açúcar que vamos também coleccionando em casa e que para nós acaba por praticamente não ter grande utilidade. Por que não juntarmo-nos quatro, cinco, seis coleccionadores de uma mesma área reunirmos o açúcar excedentário e fazermos uma oferta? Ou por que não confeccionarmos vários tipos de doce para venda em quermesses de angariação de verbas para desenvolvimento de projectos de cariz social. Certamente, como este pequeno e simples gesto tornaríamos um pouco mais doce a vida de algumas famílias e sentir-nos-iamos um pouco mais felizes. Já pensou nisso?
Fátima Mariano (sócia nº 74 do CLUPAC)
Confesso: sou uma gulosa inveterada. Adoro bolos, mousses, pudins, chocolates, gelados, marmeladas, compotas (e como são deliciosas as compotas e as marmeladas da minha avó!), tudo o que seja doce. Para amarga já basta por vezes a vida! Mas tento resistir ao máximo a essas doces tentações por questões de saúde… e para manter a linha também. Quando comecei a dedicar-me mais seriamente ao coleccionismo de pacotes de açúcar comecei a deparar-me com um problema de ordem prática: o que fazer com tanto açúcar armazenado? Afinal, só me interessa a embalagem! O problema agrava-se quando me preparo para participar em encontros de coleccionadores (como acontece actualmente, em que já estou a arranjar as séries e os individuais que quero levar ao encontro de Besalú, em Girona, e ao Portsugar 2006, em Castro Marim). Entre os pacotes que compro, os que consigo subtrair dos cestos dos cafés e hotéis e aqueles que me oferecem chego a juntar quilos e quilos e quilos de açúcar (acreditem, não estou a exagerar!). Em casa pouco açúcar gasto, pelos tais motivos de saúde e para não sair da linha, por isso, muitas vezes dou por mim a pensar: e agora? Às vezes, já nem tenho frascos onde guardar tanto açúcar. Comecei a distribui-lo pela família, vizinhos, colegas, mas mesmo assim, há alturas que em não consigo dar vazão a tanto açúcar e seria um pecado deitá-lo no lixo. E certamente, muitos de vocês terão o mesmo dilema. Poderia utilizá-lo para dar asas à minha imaginação, como explicarei na próxima semana, mas a ideia não me satisfaz plenamente. Em conversa com um amigo, também ele coleccionador, fiquei a saber que sempre que junta uma grande quantidade de açúcar o oferece a uma instituição de apoio a idosos e a ideia foi ganhando cada vez mais força em mim. Por que não associar este nosso passatempo a uma atitude altruísta (ao contrário de tantas atitudes egoístas que por vezes temos na relação com os outros)? Certamente que no bairro/aldeia/vila onde vivemos há famílias carenciadas a quem dois ou três quilos de açúcar já seria uma ajuda preciosa para compor o magro orçamento mensal. Através das juntas de freguesia, das paróquias, das associações de combate à pobreza ou mesmo do Banco Alimentar Contra a Fome será possível darmos uma utilidade maior ao açúcar que vamos também coleccionando em casa e que para nós acaba por praticamente não ter grande utilidade. Por que não juntarmo-nos quatro, cinco, seis coleccionadores de uma mesma área reunirmos o açúcar excedentário e fazermos uma oferta? Ou por que não confeccionarmos vários tipos de doce para venda em quermesses de angariação de verbas para desenvolvimento de projectos de cariz social. Certamente, como este pequeno e simples gesto tornaríamos um pouco mais doce a vida de algumas famílias e sentir-nos-iamos um pouco mais felizes. Já pensou nisso?
Fátima Mariano (sócia nº 74 do CLUPAC)
1 Comments:
Olá Fátima! Como muitos outros coleccionadores, tenho os mesmos problemas em relação ao armazenamento do açúcar! Gostei das tuas ideias que me permitirão esvaziar os armários de dezenas de frascos de açúcar que consegui juntar... e que já nem a família nem os amigos conseguiam dar vazão!!!
By Carlos Teixeira, at 11:27 da tarde
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